Cannabis e Diabetes

1 – Diabetes Mellitus

Mais de 422 milhões de pessoas em todo o mundo, e 16 milhões de brasileiros sofrem de “diabetes mellitus”. Os hábitos nutricionais e um estilo de vida desfavorável fizeram do diabetes uma doença, de certa forma, causada pela civilização.

Os diabéticos têm um distúrbio patológico que envolve o metabolismo do açúcar, fazendo com que o paciente não produza insulina forma correta, e a glicose no sangue está permanentemente alta. 

Tipos:

Diabetes Mellitus tipo I

O diabetes tipo 1 geralmente ocorre durante a adolescência. É uma doença auto-imune crônica em que as células beta que produzem insulina no pâncreas são destruídas, causando uma deficiência de insulina. Infecções virais como rubéola ou caxumba, bem como fatores hereditários, também são suspeitos de desencadear a doença.

Sintomas:

  • Sede constante
  • Aumento da diurese
  • Fome excessiva
  • Emagrecimento importante
  • Cansaço / fraqueza

Diabetes Mellitus tipo II

A diabetes tipo 2 geralmente ocorre na fase adulta, e representa cerca de 90% dos casos de diabetes. Tem como causa fatores genéticos e maus hábitos de vida: alimentação inadequada (consumo exagerado de carboidratos, açúcar, gordura, sal), obesidade e sedentarismo.

Nestes pacientes a ação da insulina está dificultada, caracterizando um quadro de resistência à insulina, levando a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes.

Sintomas:

  • Sede / fome excessiva
  • Aumento da diurese
  • Dores nas pernas
  • Alterações visuais
  • Ganho de peso excessivo
  • Cansaço / fraqueza   

Diabetes Gestacional

Ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do valor de referência preconizado para gestantes (acima de 92mg/dl).

Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.

Outros tipos de diabetes:

Outros tipos de diabetes são bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3), defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose), outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e uso de certos medicamentos.

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Diagnóstico:

O diagnóstico é feito através da glicemia sanguínea em jejum, TOTG ( teste oral da tolerância à glicose) e hemoglobina glicada (Hba1c).

PRÉ DIABETES

Glicemia de jejum >100 e <126 mg/ dL.

TOTG - Glicemia 2 horas após sobrecarga de 75 gr de glicose oral entre 140 mg/dl e 200 mg/dl.

DIABETES

Glicemia ocasional acima de 200 mg/dL (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada).

Glicema de jejum ≥126 mg/dL em duas ocasiões já fecham o diagnóstico.

TOTG - Glicemia ≥ 200 mg/dL duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.

Hemoglobina Glicada com valor acima 6,5%.

Tratamento Convencional:

DIABETES MELLITUS TIPO I

O tratamento é feito através da aplicação injetável de insulina subcutânea (em baixo da pele) diariamente.

Dieta: Alimentação restrita de carboidratos, açúcares e gorduras.

Prática de atividades físicas regulares (caminhada, natação, bicicleta), pelo menos 3 x na semana, com duração de no mínimo 30 minutos.

DIABETES MELLITUS TIPO II

Pode ser feito através de comprimidos hipoglicemiantes orais.

Alguns casos necessitam do uso de Insulina.

Dieta: Alimentação restrita de carboidratos, açúcares e gorduras.

Prática de atividades físicas regulares (caminhada, natação, bicicleta), pelo menos 3 x na semana, com duração de no mínimo 30 minutos.

2 - Cannabis e Diabetes

Várias pesquisas apontam que o SEC (sistema endocanabinoide) está intimamente ligado ao metabolismo da glicose, inclusive na resistência insulínica, e também evidenciam a eficácia do uso dos CBD (canabidiol) para o tratamento da Diabetes.

Em um estudo realizado em ratos pelo cientista químico Dr. Raphael Michoulan, demonstrou que ao serem alimentados apenas com carboidratos, a incidência de diabetes chegou a 86% entre os ratos não tratados com CBD (canabidiol), enquanto entre aqueles que receberam o CBD (canabidiol), a incidência foi de apenas 30%.

Segue abaixo alguns benefícios do CBD (canabidiol) no tratamento da Diabetes Mellitus:

Estabilização da ansiedade, depressão.

Reduz a resistência à insulina, reduzindo os níveis de glicose.

Reduz o apetite e auxilia na perda de peso, reduzindo o IMC.

Possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e analgésica nas feridas diabéticas. 

Redução da circunferência abdominal.

* Outro fitocanabinoide , o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) associado ao CBD (canabidiol) demonstrou ser efetivo no tratamento da neuropatia diabética (quando há a degeneração progressiva dos nervos, que pode diminuir a sensibilidade ou causar o aparecimento de dor em várias partes do corpo), proporcionando efeito anti-inflamatório e analgésico.

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