A síndrome de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, de evolução lenta, crônica, progressiva e sem cura. É ocasionada pela diminuição acentuada dos neurônios dopaminérgicos em uma área cerebral chamada mesencéfalo.
Ocorre uma intensa diminuição da produção de Dopamina (substância responsável pelos estímulos nervosos entre os neurônios e realização dos movimentos voluntários do corpo), principalmente em uma pequena região encefálica chamada substância negra (um dos componentes dos gânglios basais)
O controle motor é perdido ocorrendo sinais e sintomas característicos da patologia,outros fatores, genéticos e ambientais, podem estar ligados ao surgimento da doença.
O diagnóstico é essencialmente clínico, de acordo com os sinais e sintomas.
Os sintomas são divididos em motores e não motores.
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Sintomas motores: (a presença de dois ou mais destes sinais já fecham o diagnóstico)
Sintomas não motores:
O tratamento é feito com medicações químicas que estimulam a síntese de dopamina cerebral (Levodopa, Pramipexol e Seleginina), também são prescritos ansiolíticos, antidepressivos ou antipsicóticos de acordo com os sintomas apresentados. Porém estes medicamentos ocasionam muitos efeitos colaterais e pouca efetividade para estabilização da doença, e consequentemente não conseguem impedir a progressão da doença.
Além do tratamento medicamentoso, é indicado o tratamento adjuvante com equipe multidisciplinar: fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutricionista, atividade física.
Sabemos que a Cannabis exerce um papel regulatório em todo o organismo, principalmente a nível do S.N.C (sistema nervoso central), tendo como principais ações a neurogênese e neuroproteção cerebral, atuando diretamente na neuroinflamação crônica que as doenças neurológicas causam.
Na doença de Parkinson a Cannabis age diretamente na área cerebral que esta em desbalanço (mesencéfalo) modulando principalmente a síntese de dopamina, serotonina e GABA (ácido γ-aminobutírico) e também a inibição do excesso de produção de outros neurotransmissores excitatórios (glutamato, acetilcolina) que estão desordenados, proporcionado um equilíbrio neuronal, estabilizando e impedindo a progressão da doença.
Esta região possui dois tipos de receptores canabinoides CB1 e CB2, sendo indicado para o tratamento na maioria dos casos um composto que contenha os fitocanabinoides CBD (Canabidiol) e THC (Delta-9-tetrahidrocanabinol).
O tratamento proporciona gradativamente a estabilização dos sintomas motores (principalmente tremores, rigidez e a bradicinesia) e também os sintomas não motores (ansiedade, depressão, insônia, humor), proporcioando assim uma melhora muito significativa em sua qualidade de vida.
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